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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EMÍLIO DE MAIA

 

( 1919 – 1939 )

 

Emilio Elizeu de Maya nasceu no município de Atalaia, no munícipio de Atalaia, no Estado de Alagoas, Brasil em 1919 e faleceu no Rio de Janeiro em 1939.

Aos 14 anos, Emílio de Maya já dava sinais de sua vocação para as letras ao fundar no Colégio Higino Belo, onde estudava, o jornal O Independente.

No final da década de 1920, foi o último a se inscrever no histórico Grêmio Literário Guimarães Passos. Vinha de uma ativa participação no Cenáculo Alagoano de Letras. Há registros de que apresentou ao público, durante a Festa da Arte Nova, um poema modernista.

Estudou direito na Faculdade do Recife, conseguindo o bacharelado em 1929.

Em 1934, com 26 anos de idade, foi levado para política pelas mãos do pai, sendo eleito deputado federal em outubro de 1934 pela Liga Eleitoral Católica.O seu mandato, iniciado em maio de 1935, foi interrompido em 10 de novembro de 1937, com a instauração do Estado Novo e o consequente fechamento de todas as casas legislativas do país.

Deixou várias poesias, que foram organizadas em livro por seu sobrinho, historiador e escritor, J. F. de Maya Pedrosa, e por Astréa Miranda Pedrosa, esposa de J. F. de Maya Fernandes. O livro de poemas foi denominado Pétalas Esparsas – poemas de Emílio de Maya.

Fragmento de biografia extraído de www.historiadealagoas.com.br 

 

 

AVELAR, Romeu de.  Coletânea de poetas alagoanos.  Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959.  286 p.  ilus.  15,5x23 cm.  Exemplar encadernado.  Bibl. Antonio Miranda

 

 

 A FONTE DA FLORESTA

Água que vens do seio da montanha.
Que as serras desces num rolar constante,
Como compreendo a tua sorte estranha,
E como entendo o teu destino errante!

Filhas também da terra, donde vieste,
Tuas irmãs — as árvores felizes
Tentam galgar a abóboda celeste
Alheias a que morras ou deslizes.

Como são más tuas irmãs egoístas!
Colam-te aos pés e impedem da altura
Te banhe o sol que simplesmente avistas
Por entre as raras frestas da verdura.

Que diferença de destinos! Certo
Há de ser triste e humilde a alma da fonte...
E com certeza este rumor incerto
Que vai fazendo quando desce o monte.

 

*

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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